quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Assim, de mancinho

Com calma, com a alma, loucura e sanidade lado a lado, no seu apartamento trancado. A respiração no mesmo rítimo, as mãos se entrelaçando. Os lábios ansiando uns pelos outros, os corpos manifestando-se em plena poesia.
Num sábado a tarde, depois de ouvir caetano, comer bobagens, brigar a toa, no chão da sala a gente se entende.
Seu cheiro já é meu, o meu gosto já é seu. A nicotina da tua boca me estasia, e minha pele fresca te conforta.
Alguns raios tocam nossas faces sonolentas, nos fazendo despertar. Você me entende como ninguém, me doma e me tropeça. Me tira do sério e me coloca na linha.
Te provoco e fujo, bato e assopro, somos um grande paradoxo.
Assim, com essa calma de quem é dono do tempo você segue levando; só mais uma noite meu anjo, e eu aceito, e eu fico, e eu me entrego.

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