terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Pra quele meu breve infinito

E de surpresa, você entrou pela porta do meu quarto com um girassol retirado da minha jardineira na sacada, me beijou a testa e se encaixou no pequeno espaço vazio da cama, me confortou no teu peito que emanava aquele perfume leve de quem acabou de tomar banho. 
Meu corpo pedia para voltar a adormecer, mas meu coração pedia pra ficar ali, acordado do lado do teu, batendo no mesmo rítimo.
Tu percebeu meus olhos querendo se fechar e abriu as cortinas, e aquele quarto cor de barbante ficou alaranjado, irradiando a alegria que meu coração sentia quando estava contigo. 
Da mesma forma como o sol nasce, nasceu um sorriso em meu rosto, eu estava completa, sabia disso, você era tudo o que eu precisava e queria por toda a minha vida, ou pelo menos pra quele meu infinito que podia durar anos, como também minutos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Assim, de mancinho

Com calma, com a alma, loucura e sanidade lado a lado, no seu apartamento trancado. A respiração no mesmo rítimo, as mãos se entrelaçando. Os lábios ansiando uns pelos outros, os corpos manifestando-se em plena poesia.
Num sábado a tarde, depois de ouvir caetano, comer bobagens, brigar a toa, no chão da sala a gente se entende.
Seu cheiro já é meu, o meu gosto já é seu. A nicotina da tua boca me estasia, e minha pele fresca te conforta.
Alguns raios tocam nossas faces sonolentas, nos fazendo despertar. Você me entende como ninguém, me doma e me tropeça. Me tira do sério e me coloca na linha.
Te provoco e fujo, bato e assopro, somos um grande paradoxo.
Assim, com essa calma de quem é dono do tempo você segue levando; só mais uma noite meu anjo, e eu aceito, e eu fico, e eu me entrego.